O Bitcoin voltou a ultrapassar a marca simbólica de US$ 100.000, marcando um novo capítulo para o mercado de criptomoedas. Essa valorização está profundamente conectada com decisões de política monetária dos Estados Unidos e uma reconfiguração das relações comerciais internacionais. Este artigo analisa todos os fatores — com profundidade e clareza — que explicam esse salto histórico.
Resumo rápido (TL;DR)
- Bitcoin atinge US$ 101.293 após uma valorização de 5,3% em 24h, influenciado por eventos macroeconômicos.
- Fed mantém taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, sinalizando estabilidade monetária e impulsionando ativos de risco.
- Acordo comercial EUA-Reino Unido amplia exportações e reduz tarifas, aliviando tensões econômicas globais.
- Altcoins também disparam: Ethereum (+15%), Solana (+11%), XRP (+7,3%).
- Investimentos institucionais crescem, com entrada de US$ 142 milhões em ETFs de Bitcoin.
- Analistas projetam novas máximas: previsão de até US$ 120.000 até o fim do segundo trimestre.
Estabilidade do Fed favorece o Bitcoin
Em 7 de maio de 2025, o Federal Reserve (Fed) decidiu manter a taxa de juros inalterada. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) votou por preservar a faixa entre 4,25% e 4,50%, destacando a necessidade de cautela em um cenário ainda volátil da economia global.
"A atual política monetária está bem posicionada para responder a desenvolvimentos futuros", disse Jerome Powell, presidente do Fed.
Esse posicionamento foi interpretado como um sinal de previsibilidade, algo raro e valorizado em tempos de incerteza. Como resultado, investidores migraram para ativos de risco — entre eles o Bitcoin — gerando uma valorização significativa. A expectativa de manutenção ou queda futura das taxas também favorece a atratividade dos criptoativos como reserva de valor.
Impacto geopolítico: Acordo EUA-Reino Unido movimenta o mercado
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo comercial considerado "histórico" com o Reino Unido. A iniciativa representa um passo relevante na tentativa de reorganizar as relações comerciais pós-Brexit e, ao mesmo tempo, reforça a posição dos EUA frente à Europa e à China.
"Este é o maior acordo comercial em uma geração", declarou Trump em coletiva.
O acordo contempla:
- Redução de tarifas sobre aço, alumínio e veículos britânicos.
- Ampliação das exportações agrícolas dos EUA — etanol e carne bovina, especialmente.
- Facilitação de investimentos mútuos em setores de tecnologia e energia renovável.
Essas medidas foram bem recebidas por analistas e operadores de mercado, que vislumbram um possível reaquecimento da economia global com base em maior cooperação entre nações-chave.
Criptomoedas sobem com otimismo renovado
Em meio a esse cenário positivo, o Bitcoin disparou 5,3% em 24 horas, sendo negociado a US$ 101.293. Outras criptomoedas também surfaram nessa onda de otimismo:
Desempenho das principais criptomoedas
Criptomoeda |
Preço Atual (US$) |
Variação 24h (%) |
Bitcoin (BTC) | 101.293 | +5,3% |
Ethereum (ETH) | 2.053 | +15% |
XRP | 0,65 | +7,3% |
Solana (SOL) | 150 | +11% |
Essas valorizações também refletem um movimento crescente de entrada de capital institucional. Somente na quarta-feira anterior, ETFs baseados em Bitcoin registraram fluxo positivo de US$ 142 milhões, reforçando a tese de que o criptoativo está ganhando espaço como instrumento de proteção e diversificação de carteira.
O que esperar nos próximos meses?
A tendência de alta pode continuar. Geoff Kendrick, chefe de pesquisa de ativos digitais no Standard Chartered, projeta que o Bitcoin possa atingir US$ 120.000 até o final do segundo trimestre de 2025, especialmente se houver avanços nas negociações comerciais entre os EUA e a China.
- Fatores monetários: O ambiente de juros estáveis favorece ativos voláteis como o Bitcoin.
- Fatores geopolíticos: Acordos comerciais reduzem incertezas globais, incentivando investimentos.
- Demanda institucional: ETFs e fundos estão aumentando sua exposição ao mercado cripto.
- Oferta limitada: Com apenas 21 milhões de unidades possíveis, o Bitcoin mantém sua atratividade.
Além disso, a crescente comparação do Bitcoin com o ouro digital, somada à adoção por empresas e bancos, tende a consolidar o ativo como parte essencial do portfólio de longo prazo.
Uma nova era para o Bitcoin?
O rompimento da marca dos US$ 100.000 pelo Bitcoin representa mais do que uma simples valorização pontual. Ele simboliza a crescente maturidade do mercado de criptoativos diante de fatores macroeconômicos e geopolíticos. A estabilidade na política monetária dos EUA, combinada com o avanço em negociações comerciais internacionais, criou o ambiente ideal para essa escalada.
Se confirmadas as projeções, e com a continuidade de adoção institucional e avanços regulatórios, o Bitcoin pode se consolidar como um ativo global estratégico — não apenas para especulação, mas também como reserva de valor e instrumento de hedge contra incertezas.
A valorização do Bitcoin não é um fenômeno isolado — é reflexo de mudanças profundas na forma como o mundo entende valor, escassez e confiança.
Continue acompanhando nossos conteúdos para entender como esses movimentos afetam sua vida financeira e o futuro dos mercados globais.